VALE TUDO CONTRA GOVERNO CHAVISTA
Contra Maduro, Itamaraty deixa de emitir carteira diplomática a chavistas
Desde o início da administração Bolsonaro, o Itamaraty reduziu ao mínimo sua relação diplomática com a Venezuela de Maduro
O mesmo vale para os pedidos de renovações da carteira, que estão sendo negados pela chancelaria brasileira.
O Ministério das Relações Exteriores passou a adotar essa política contra os diplomatas chavistas desde que o governo Jair Bolsonaro reconheceu o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, no início do ano passado.
A cédula é conhecida informalmente como "carteirinha diplomática" e, segundo diplomatas ouvidos pelo jornal "Folha de S.Paulo", é usada para serviços básicos, como a abertura de contas bancárias e o embarque em voos nacionais.
De acordo com interlocutores, há hoje na embaixada em Brasília seis representantes de Maduro, sendo que a metade está com o documento de identificação vencido.
Procurado, o Itamaraty disse que não comenta o caso.A Venezuela não conta com um embaixador no Brasil desde o governo Michel Temer (MDB), e atualmente o principal representante de Maduro no país é o diplomata Freddy Efrain.
A ausência de carteirinha diplomática válida não significa que esses diplomatas sejam obrigados a deixar o país. Mas a decisão de sustar a emissão de um documento básico para o seu dia a dia é um sinal de que o governo pressiona para que eles deixem o Brasil.
Desde o início da administração Bolsonaro, o Itamaraty reduziu ao mínimo sua relação diplomática com a Venezuela de Maduro. Não estão sendo aceitos, por exemplo, pedidos de credenciamento de novos funcionários na missão chavista no Brasil nem há trocas de notas diplomáticas entre os governos.
O Brasil reconheceu Guaidó como presidente interino da Venezuela em 23 de janeiro do ano passado.
Em junho, o presidente Jair Bolsonaro recebeu as cartas credenciais de María Teresa Belandria, indicada pelo líder opositor como embaixadora no Brasil.
A chancelaria brasileira forneceu carteirinhas diplomáticas a Belandria e a seu subordinado, Tomás Silva. Para o governo Bolsonaro, eles são os únicos representantes dao país vizinho no Brasil.Continue lendo...
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